O projeto “Cadê o Sorriso de
Maria“, foi lançado na manhã desta quinta- feira (08/11) no Auditório Dona
Quinô na cidade de Fronteiras – PI, sob coordenação do Centro de Referência da
assistência Social, Secretaria de Assistência Social e Cidadania, em parceria
com o Poder Judiciário de Fronteiras.
O projeto tem como objetivo prevenir a violência contra a mulher,
orientando, no âmbito psicossocial, tanto aos homens autores de violência
contra mulheres, proporcionando reestruturação de crenças disfuncionais e
respeito dos papéis sociais de atores com quem se relaciona; quanto as mulheres
vítimas ou não, orientando-as de como proceder caso venha acontecer algum tipo
de violência doméstica.
Além do coordenador, Raoni Sousa,
o projeto conta com a coordenadora adjunta Rosa
Maria Alves Marques, com o apoio do judiciário, na pessoa do Juiz de
Direito João Manoel de Moura Ayres,
bem como de autoridades locais como a Secretária Municipal de Educação, Verônica Maria Pereira Ribeiro, dentre
outros.
“Pretendemos informar as mulheres sobre as
medidas que elas podem estar tomando em relação a violência sofrida e fazer um
trabalho com os homens também, principalmente os homens que cumprem algum tipo
de penalidade na justiça por ter praticado este ato de violência, independente
de qual seja, mas violência contra a mulher”, relatou Raoni Sousa.
O juiz de direito da Vara Única de Fronteiras, Dr. João
Manoel de Moura Ayres, usou da oportunidade para falar da importância do projeto
bem como sobre a Lei Maria da Penha que assegura o combate à violência
praticada contra a mulher.
“A ‘Lei Maria da Penha’ veio justamente
garantir a proteção a mulher dessas agressões, sejam físicas, psicológicas ou
patrimoniais. Quantas mulheres ficam com medo de denunciar o marido por
dependerem dele economicamente? Por terem medo de terminar o relacionamento?
Por terem medo de denunciar por causa dos filhos? Mas são com projetos como
este que nós conseguimos esclarecer as mulheres. A importância que é, do
sujeito que ela é, que ela tem que procurar seus direitos, que ela não é
obrigada a sofrer esse tipo de violência. Isso nós temos que esclarecer”, enfatizou o Dr. João Manoel.
A Secretária Municipal de Educação, Verônica
Ribeiro, parabenizou o
professor Raoni pela iniciativa de um projeto tão importante na busca da
proteção às mulheres e agradeceu o empenho do judiciário na pessoa do juiz João
Manoel de Moura Ayres, e acrescentou:
“Os números no Brasil são alarmantes e sempre a
mulher calou, foi omissa, até por medo de represálias. E esse espaço é muito
bom para ajudar essas mulheres a gritar. A gritar e a falar o que sempre foram
proibidas. A educação por sua vez tem grande importância nesse contexto,
proporcionando através da mesma transformações na sociedade, afinal povo
educado é povo desenvolvido”, enfatizou.
Durante toda a semana, o projeto segue com ações através de oficinas,
palestras e encontros com o intuito de atingir metas, que de acordo com o
coordenador do projeto seria: desenvolvimento de, no mínimo 2 e no máximo 4
encontros na sede do município e na zona rural; acolhimento e orientação
psicossocial de no mínimo 25 e no máximo 50 homens agressores; desenvolvimento
e distribuição de panfletos e folders informativos; realização de 2 seminários
sobre violência contra a mulher.