Com 117 municípios em situação de emergência em virtude da seca, algumas ações começam a ser desenvolvidas na região do semiárido piauiense. De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Civil, serão aplicados cerca de R$ 10 milhões na Operação Carro Pipa atendendo cerca de 50 municípios. Os recursos são do Ministério da Integração, que destinou ainda R$ 14 milhões para obras de adutora na região de São Raimundo Nonato, que será executada pela Codevasf- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.
O secretário de defesa civil, Hélio Izaias, está em Brasília tratando do repasse dos recursos e afirma que, inicialmente, serão aplicados os R$ 10 milhões com a operação carro pipa para atender a zona urbana dos municípios. “Temos o Exército que está auxiliando com carros pipa na zona rural. Vamos tentar amenizar o problema da zona urbana”, esclarece.
lém da operação carro pipa, os recursos serão destinados ainda para a obra de construção de uma adutora de engate rápido na região de São Raimundo Nonato, o que deve amenizar o problema em nove municípios. “Em breve iniciaremos a etapa de licitação. A obra será feita pela Codevasf”, completa.
Açudes operam com volume morto
Levantamento do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) apontou que dos 24 açudes monitorados pelo órgão, 13 estão com menos de 50% do volume total. Os reservatórios de água que estão operando com o volume morto são Barreiras (Fronteiras), Cajazeiras (Pio IX) e Rio dos Macacos (Picos), sendo que os dois últimos açudes estão completamente secos.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, o coordenador estadual do Dnocs, Djalma Policarpo, ressalta que estão sendo efetivadas medidas alternativas para manter o agricultor no campo.
“Agora mesmo estamos com máquinas perfurando poços na região de Pio IX e Marcolândia para tentar minimizar a situação dos agricultores”, disse.
Djalma Policarpo acrescenta que, além da perfuração de poços, o Dnocs tem investido na aquisição de equipamentos, caixas d’água, bombas submersas, canos de revestimento e para adutoras e em parcerias com prefeituras, assentamentos, associações, sindicatos e comunidades para o enfrentamento da seca.
O coordenador do Dnocs chama a atenção para o racionamento de água. “Vamos racionar…tem que ter a democratização do acesso à água. As comunidades devem estar cientes do racionamento”, finaliza.
Fonte: RiachaoNet