A FAMÍLIA DE QUINCO GOMES CONTA SUA BIOGRÁFICA APÓS 50 ANOS DE FALECIMENTO.
MENSAGEM DE 50 ANOS DE MORTE DE
JOAQUIM GOMES SOBRINHO
Nesse
dia de hoje, uma palavra fala mais forte que as outras: SAUDADE. Quem é que não
tem saudade de quem já se foi, que deixou a sua marca, seu brilho em nossas
vidas¿
Joaquim
Gomes Sobrinho, nasceu em 09 de julho de 1896 na casa de seus avós materno:
Coronel Norberto Gomes e Raimunda Guedes Alconforado, na Fazenda Nova, Riachão,
hoje Monsenhor Hipólito-PI. Filho de Antonio Benedito de Sousa e Josefa Maria
de Sousa. Eram 03 irmãos: Joaquim Gomes Sobrinho, Manoel Gomes Sobrinho e
Francisco Gomes da Silva.
Em 1905,
perdeu seu pai, quando contava apenas 09 anos de idade. Daí então, o destino
encarregou-se de guiar a sua vida. Mudou-se juntamente com sua mãe e seus
irmãos para a casa de seu avô Norberto Gomes, onde permaneceu até os 14 anos.
Em 1910, um desentendimento familiar levou o jovem de 14 anos a tomar uma
difícil decisão em sua vida, deixar a companhia de sua querida mãe e de seus
dois irmãos e seguir um novo caminho ainda desconhecido. Foi morar nos
Inhamuns-CE, na casa de seu tio e padrinho, Capitão Epaminondas Gomes da Silva
que juntamente com sua esposa Mariinha, que também era sua tia, acolheram-o em
seu novo lar.
O seu caráter
e determinação nos trabalhos da fazenda, logo despertou admiração de outros
criadores de gado da região, mas novamente, a dor atravessa o seu caminho ao
receber a notícia da morte de sua mãe, em 1912. Com apenas 16 anos, sem seus
pais, longe de seus irmãos, morando na casa de seus padrinhos, crescia a
vontade e a responsabilidade desse jovem de conseguir o seu próprio espaço. E
foi a luta. Logo o reconhecimento do seu dedicado trabalho de vaqueiro chegou a
outros lugares, e por intermédio de João Elpídio de Sousa, eis vaqueiro da
Fazenda Barra em Socorro-Pi, recebeu o convite do fazendeiro José Ribeiro
Filho, para trabalhar como vaqueiro em sua fazenda. Não pensou duas vezes e
regressou do Ceará para a fazenda Barra no Piauí. Aqui chegou, em 24 de junho
de 1916, acompanhado de seus amigos Doca Vicente (Tio Doca) e Biliro Espídio
Ribeiro (tio Biliro), exatamente na festa de São João, onde acontecia o noivado
de Josefa Maria de Sousa, a filha mais velha de seu futuro patrão, que acertava
nesse dia o casamento da filha, com o primo Norberto Ângelo Pereira.
O destino
reserva momentos muitas vezes surpreendentes, para um jovem recém-chegado.
Começa então, seu novo trabalho de vaqueiro. Jovem esperto, no vigor de seus 20
anos, cuidadoso com suas lutas diárias com o gado. Era correto, esperto e
corajoso, em poucos meses ganhou a confiança do patrão.
A
convivência na fazenda, o entrosamento com as pessoas que ali trabalhavam, o
respeito que tinha com todos, permitiu que em menos de seis meses conquistasse
a amizade de Josefa que com a ajuda de eis escravos da fazenda, trocavam
bilhetes e marcavam encontros. O medo da descoberta do namoro e o receio de que
apressassem o casamento com Norberto fez com que os jovens planejassem a fuga e
numa noite enluarada do mês de março de 1917, Quinco Gomes, o vaqueiro,
raptasse a filha do patrão e levasse para a localidade Piranhas, hoje município
de Alagoinha do Piauí, a 40km de distância da fazenda Barra, para a casa de seu
tio Major Gomes, que logo comunicou aos pais da moça e providenciou o casamento
na localidade Riachão, no início de abril de 1917.
Casados,
voltaram para a fazenda Barra, não mais como vaqueiro, mas como o primeiro
genro do casal José Ribeiro e dona Mariazinha, que não aprovara nada aquele
casamento. Ficaram na Casa Grande, até o nascimento de seu primeiro filho
Zezinho, em 06 de fevereiro de 1918, e também, o primeiro neto de José Ribeiro.
Do trabalho como vaqueiro, nos Inhamuns e na fazenda Barra, não recebia o pagamento
em dinheiro, tirava era sorte. De 04 bezerros que nasciam, ele recebia 01,
dessas economias conseguiu comprar a posse de terras na data Barra e construir
sua casa e em abril de 1918, mudou-se definitivamente para sua residência, a
Boa Vista dos Gomes. Havia prometido a si mesmo, que trabalharia com o
propósito de um dia trazer seus dois irmãos para morar com ele, e assim o fez.
Ao mudar-se para a Boa Vista, foi ao Riachão e trouxe seus irmãos.
Aqui na
Boa Vista, constituiu sua primeira família, formada por Zezinho, Antonio, Edson
e Constâncio e acolheu seus irmãos, Manoel e Francisco. Trabalharam muito e
foram felizes. O filho mais novo Constâncio, foi batizado na casa de seu avô em
1923, exatamente no dia do casamento do seu tio Manoel com sua tia Josina. Ao
casar-se, Manoel e Josina foram morar no Riacho da Vaca. Francisco casou-se com
sua prima Darica e foi morar nos Inhamuns-Ce.
O
casamento de Quinco Gomes com Josefa, durou apenas 07 anos, em 13 de fevereiro
de 1925, Josefa sofre uma parada cardíaca e morre, deixando seus 04 filhos
órfãos de mãe, Zezinho com 07 anos, Antonio com 05 anos, Edson com 03 anos e o
caçula Constâncio, com apenas um ano. A vida de Quinco Gomes fica difícil, com
04 filhos pequenos, mas não podia fraquejar, era preciso continuar a caminhada,
pois estava apenas com 27 anos de idade,era muito jovem, as difilculdades eram
grandes, as noites tornavam-se longas. Precisava de alguém ao seu lado para
continuar sua vida.
Um ano se
passou, a vida tumultuada de tantas lidas sozinho, fez com que Quinco Gomes
tomasse uma decisão firme e acertada, e em outubro de 1926, casou-se com Maria
Santa, irmã de sua primeira esposa. O casamento foi com total aprovação dos
pais e familiares de Maria Santa. A sua vida volta a normalidade, o cuidado com
os filhos, o carinho com sua nova esposa, a satisfação de seus sogros, que
muito contribuíram para que esse casamento acontecesse. Em 06 de setembro de
1927, nasce Bertinho, seu primeiro filho com Maria Santa e em 1931, nasce a
primeira filha mulher, que recebeu o nome de sua vó, Josefa e que fez o casal
muito feliz.
Nessa
época, já interessado na política e bem entrozado com os parentes e alguns
amigos que residiam em Socorro, começou a participar das reuniões que discutiam
sobre a emancipação política do município. Era esperto e inteligente, tinha
decisões firmes e já começava a despertar para o mundo da política.
Em 1935,
participa ativamente das decisões políticas de criação do município de
Fronteiras, em 09 de junho de 1935 e foi nomeado o primeiro prefeito da cidade
o sr. Antonio Francisco Pereira. Em abril de 1936, através do voto popular,
Quinco Gomes foi eleito vereador, compondo a primeira Câmara Municipal de
Vereadores de Fronteiras, exercendo o cargo de secretário da câmara.
Morando
na Boa Vista, cuidando da família, dos animais e da política, viajava muito,
pois era comerciante de tecido, mas, levava uma vida tranquila, embora, com
muitas atividades. Em outubro de 1936, nasce Manoel, o nosso Nelson, o terceiro
filho do segundo casamento de Quinco Gomes e por determinação de Deus, ou por
falta de um socorro médico, pois na época era muito difícil, Maria Santa não
resiste e morre de hemorragia na hora do parto. Mas um golpe fatal na vida de
Quinco Gomes, dor, sofrimento, tristeza, desolação, mas três crianças órfãs de
mãe, o mais novo com poucas horas de nascido. Agora, eram 07 filhos sem mãe.
Viveu apenas 10 anos com Maria Santa.
Outra
vez o destino muda completamente a sua vida, outro recomeço... Deus lhe ensinou
muitos caminhos e nestes caminhos, a palavra desistir jamais fez parte da sua
caminhada, e seguiu. De início, a vó Mariazinha, ajudou cuidar das crianças,
mas Dasneve, moça que morava na Boa Vista, trazida pela primeira esposa Josefa,
continuou na casa, cuidando das crianças.
Como sua
família, morava no Riachão, Quinco Gomes visitava-os com frequência, e nessas
viagens se encantou por Rosa, filha de sua prima legítima, Joaquina Cecília e
Sr. Nezeiro. De início, sua prima não queria o casamento. Viúvo com 07 filhos,
o mais velho quase com a mesma idade de Rosa, era muita responsabilidade para
sua filha, com apenas 20 anos. Mas o amor e o destino acabou unindo Quinco e Rosa
e no dia 12 de outubro de 1937, casaram-se em uma missa no Riachão. Apartir
daí, começa uma vida de muita luta, muito trabalho, muito companheirismo,
cumplicidade e respeito.
Ao chegar
na Boa Vista, Rosa assumiu o esposo, os filhos e a responsabilidade de cuidar
de tudo e de todos. Não foi fácil, mas com o apoio de seu esposo e o respeito
de seus enteados, ignorou os contras e conquistou seu espaço. Nessa época,
Quinco Gomes já era político, estava no mandato de vereador, e também, viajava
muito, passava de 30 dias fora de casa, pois era boiadeiro, comprava boiadas e
vendia nos Inhamuns-CE. Em 07 de janeiro de 1938, nasce Valdir, filho de
Dasneve, que Rosa, assume a maternidade e cria como filho.
Em 28 de
agosto de 1938, nasce em Monsenhor Hipólito, seu primeiro filho com Rosa, o
Hermes, o primeiro neto de Sr. Nezeiro e Joaquina Cecília. Com Rosa, Quinco
Gomes viveu 27 anos e tiveram 11 filhos: Hermes, Macêda, Fábia, Osvaldina,
João, Larry, Beta, Rosa, Beatriz, Vicente e Jôse, todos saudáveis e cheios de
vida.
A vida de
Quinco Gomes segue seu rítmo, mas em julho de 1939, veio a notícia que seu
irmão Francisco estava doente, foi ao seu encontro, mas infelismente ele não
suportou a críse de apenicite e faleceu. A dor tomou conta de seu coração, um
jovem com apenas 38 anos, deixando sua prima viúva, com 10 filhos pequenos e
grávida do décimo primeiro. Quanta tristeza... Por muitas vezes, Rosa
presenciou Quinco chorando. Mas uma responsabilidade para Quinco Gomes, que
passou a visitar com mais frequência a família de seu irmão, dar assistência,
inclusive financeira.
Em 08 de
setembro de 1941, seu filho Antonio Gomes Sobrinho resolve casar-se com
Osvaldina Gomes de Sousa e em 09 de agosto de 1942, nasce Eroíte Gomes de Sousa,
o primeiro neto de Quinco Gomes, que por uma fatalidade, vem a falecer no dia
21 de dezembro de 1957, aos 15 anos.
Quinco
Gomes, sempre foi uma pessoa determinada e prática nas suas decisões, cavalgava
no seu burro todo o município de Fronteiras, que antes englobava, São Julião,
Alegrete e Caldeirão Grande, resolvendo questões, muitas vezes de terras e
selando a paz entre os amigos que o procuravam. Era um verdadeiro juiz de paz.
Em casa, Rosa já contava com a ajuda de Zefa e Fábia, que foram braços fortes
nas lidas da casa, pois os primeiros filhos de Quinco todos lavravam e criavam
gado e bodes, e Rosa com crianças pequenas, precisava madrugar para dar conta
dos serviços.
Muito
religioso e devoto de Santa Ana, não perdia uma festa da padroeira, em sua
terra natal, Monsenhor Hipólito, casou-se as três vezes no religioso, na igreja
de Santa Ana. Também, não perdia os festejos de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro e Nossa Senhora de Fátima em Fronteiras e de Nossa Senhora da Conceição
em São Julião, o respeito era tanto, que usava terno para assistir as missas.
Era costume de Quinco Gomes, rezar ao deitar e ao levantar-se e também, após as
refeições.
Sempre
trabalhando na política, conversando com os amigos, resolve então, no ano de
1951, candidatar-se a vice-prefeito, nesta época o voto não era vinculado e
Quinco Gomes, consegue eleger-se vice-prefeito, somando mais votos do que o
candidato a prefeito eleitoo Sr. José Aquiles de Sousa. Muito carismático e
decidido e contando com o apoio dos correligionários, em 1954, cria o PSP e
lança-se candidato a prefeito de Fronteiras, tendo como vice o Sr. Álvaro Antão
de Carvalho, que residia na localidade Canto Alegre, para enfrentar o forte
candidato Antonio Francisco Pereira. Foi uma campanha dura, muito trabalho,
muitos comícios, mas Quinco Gomes perde a eleição com uma diferença de 21
votos, após uma apuração fraudulenta que demorou cerca de 45 dias.
Quinco
Gomes, perdeu a eleição, mas não perdeu a coragem e a vontade de vencer, e de
imediato, com o apoio dos amigos e da população, lançou-se novamente candidato,
para as eleições de 1958, desta vez, tendo como vice, o seu amigo Antonio
Elpídio Ramos, que residia em Alegrete, para juntos disputarem a eleição com
José Aquiles de Sousa. Foi uma campanha difícil, trabalharam muito, percorreram
o município várias vezes, realizaram grandes comícios em várias localidades, e
contou também, com o apoio de seu amigo particular Dr. Helvídio Nunes de
Barros, que nesta época pleiteava uma vaga na Assembléia Legislativa do Piauí.
Desta vez, acompanharam as apurações de perto e no dia 05 de novembro de 1958,
foi eleito prefeito de Fronteiras-PI, com uma maioria de 297 votos. Seu amigo
Helvídio Nunes, também é eleito deputado estadual.
Dizem que
por trás de um grande homem, existe sempre uma grande mulher. Esta frase foi
comprovada, na pessoa de Rosa Gomes. Durante as campanhas, Quinco tinha o apoio
incondicional de sua esposa, que participava de todas as decisões. Pessoa determinada
e agradável, que recebia todos com simpatia e cuidava de tudo, inclusive da
comissão que preparavam o almoço para todos os eleitores que iam votar.
No dia 22
de janeiro de 1959, nasce seu filho Vicente Carvalho Gomes e no dia primeiro de
fevereiro de 1959, Quinco Gomes é empossado Prefeito de Fronteiras-PI.
Durante
seu mandato de prefeito, Quinco Gomes tentou fazer o melhor, embora, naquela
época os recursos fossem escassos. Mesmo assim, conseguiu alguns benefícios
para o município, como o calçamento das principais ruas da cidade, colocar um
novo e potente motor de luz melhorando a iluminação pública, construir 02
barragens, uma no Salgado e outra em Salinas, perfurar 02 poços artesianos, um
no Alegrete e outro em Pocins, cavar barreiros em várias localidades, arrumar
alguns empregos estaduais e federais, incentivar a educação nos interiores
contratando professores e colocando para lecionarem em residências, pois não
havia grupos escolares na zona rural e emancipar o município de São Julião, no
dia 18 de dezembro de 1960, nomeando seu filho Constâncio Gomes como prefeito
do novo município.
Nesse
período, foram várias as viagens para a capital do Estado, Teresina. Sempre que
marcava uma audiência com o governador Chagas Rodrigues ou com os deputados
Milton Brandão, federal e Helvídio Nunes, estadual seu fllho, Constâancio
Gomes, que também era prefeito o
acompanhava e participava das reuniões. Foram 04 anos de muito trabalho, muitos
compromissos, seu filho Edson Gomes lhe ajudou bastante, era como se fosse o
Secretário de Administração, administrava todas as obras. Nelson, também, dava sua contribuição. Hermes,
Macêda, Valdir e João, juntamente com sua mãe Rosa Gomes, tomavam conta da Boa
Vista, c uidando do gado, das plantações
e vaquejando as criações para poder Quinco Gomes, cumprir seus compromissos com
mais tranquilidade. Os outros filhos do terceiro casamento com Rosa, ainda não
participavam das atividades, pois eram
menor de idade, apenas estudavam.
Ao sair
da prefeitura, em 1963, Quinco Gomes dedicou-se mais a família e aos trabalhos,
sem deixar a sua participação na política, era muito influente. No final de
maio de 1965, contraiu uma febre na sua propriedade Madalta, hoje município de
Alegrete, local onde levava o gado para amansar. O caso agravou-se e por muitos
dias ficou internado em Campos Sales-CE, recebendo os cuidados médicos do Dr.
Cícero, conseguiu melhorar e receber alta, mas chegando em casa, teve uma
recaída e perdeu os movimentos das pernas. Foi então, transferido para Picos,
ficando hospedado no Grande Hotel, recebendo o atendimento médico do Dr. Zé
Nunes e de um enfermeiro, que o acompanhava. Não havendo mais recursos,
retornou para sua residência, aqui na Boa Vista, no dia 02 de julho, e no dia
05 de julho de 1965, por volta das 10 horas, há exatamente, 50 anos, Quinco
Gomes vem a falecer. Nesse momento, Quinco Gomes saiu da vida e entrou para a
história.
Hoje,
celebramos silenciosamente o dia do seu encontro definitivo com o Pai. O amor
que sentimos pelo senhor resiste a tudo, resiste ao tempo e à saudade. E é em
nome desse amor e da sua memória que nós procuramos viver este dia com
serenidade e com paz. Buscamos lhe transmitir nosso amor através de orações e
receber a sua luz.
Que o
senhor, meu pai, esteja em paz ao lado de Deus! Amém.
Escrita por sua filha Josefina Carvalho Gomes
As fotos foram cedidas por seu neto Vlademir Gomes.
Certa vez um poeta
disse: “Que os nossos sonhos sejam fortes, tão fortes, que nos retardem a
morte”. Pois o sonho foi vivido por Quinco Gomes. O sonho de uma vida repleta
de amor e esperança. Que venceu as dificuldades de uma jornada que segue. Segue
no sorriso de uma doce lembrança. Nas histórias daqueles que acompanharam a
vida desse ilustre filho da cidade de Monsenhor Hipólito-PI, naturalizado filho
de Fronteiras-PI. Na vida que brilhou nos olhos de suas esposas, e brilha nos
olhos de seus filhos, netos, familiares e amigos. Esse filho ilustre, pai
ilustre, avô ilustre e marido ilustre, partiu para ocupar um lugar maior. Para
deixar o céu mais feliz e sim, cheio de vida.
Joaquim Gomes Sobrinho,
nasceu em 09 de julho de 1896 na cidade de Monsenhor Hipólito-PI. Filho de
Antônio Benedito de Sousa e Josefa Maria de Sousa, veio com a missão de levar
vida e alegria para aqueles que passariam por sua vida. Missão cumprida.Tinha
02 irmãos: Manoel Gomes Sobrinho e Francisco Gomes da Silva. Casou-se com sua
primeira esposa Josefa Maria de Sousa, em 1917, gerou quatro filhos: Zezinho,
Antônio,Edson e Constâncio. Em 1926, casou-se pela segunda vez, com Maria de
Sousa Santos e gerou três filhos: Berto, Zefa e Nelson. Do terceiro casamento,
com Rosa Gomes de Carvalho, em 1937, gerou doze filhos: Valdir, Hermes, Maceda,
Fábia, Osvaldina, João, Larry, Beta, Rosa, Beatriz, Vicente e Josefina.
Foi um pai presente,
trabalhador, não nos orientou somente com base nas próprias experiências, mas
demonstrou que em cada experiência existe uma lição a ser aprendida. Crente em
Deus, alegre quando devia ser, consciente do seu dever para com a família,
sertanejo, piauiense, fronteirense de coração e amigo de todos.
Chegou a
Fronteiras, aos 20 anos, e aqui ficou 48 anos, pois faleceu aos 68. Mas durante
esses 48 anos, trabalhou muito. Foi vaqueiro, agropecuarísta e comerciante.
Viajou muito, percorreu municípios e estados vizinhos e conseguiu destaque na
política. Em 1935, aos 40 anos, participou da emancipação do município de
Fronteiras-PI, e em 1936, foi eleito vereador da primeira câmara municipal.
Seguiu adiante, e em 1951, foi eleito vice-prefeito, contando mais votos do que
o prefeito eleito, visto que, na época, o voto não era vinculado, e aos 62
anos, em 1958, tornou-se prefeito de Fronteiras-PI, também, pelo voto direto.
Foi um homem corajoso e
determinado, enfrentou as dificuldades da vida com bravura, construiu família,
conquistou amigos, fez história e entrou para a história... E hoje, a
exatamente 50 anos do seu encontro definitivo com o pai, percebemos que havia algo mais valioso
do que o trabalho e a política. E essa riqueza está presente hoje no coração
daqueles que o amam. Lembremos que uma vida é apenas um momento durante a
eternidade.
Nesse meio século, a
família de Quinco Gomes cresceu. E hoje, contamos 19 filhos, 76 netos, 94
bisnetos, 61 trinetos e 06 tetranetos, num total de 231 membros. Alguns já se
foram, que Deus os tenha. Contamos ainda, com os amigos. Hoje, 05 de julho de
2015, a Boa Vista de Quinco Gomes, recebe seus familiares e amigos para rezar
uma prece...
Fronteiras, 20 de junho de 2015
Josefina
Carvalho Gomes
O Blog Lagoa do Rato agradece à toda família pela oportunidade de publicar essa bela história.