Morre Jaime Aquino, fundador da Cione, maior exportadora de caju do País
O empresário morreu nesta quinta-feira, 16,
após apresentar um quadro de infecções que evoluiu para pneumonia; o
velório será realizado na fábrica da Cione
Morreu
nesta quinta-feira, 16, aos 91 anos, o empresário e fundador da
Companhia Industrial de Óleos do Nordeste (Cione), Jaime Tomás de
Aquino. O velório será realizado na própria fábrica da Cione, na avenida
Mister Hull, a partir das 7 horas desta sexta-feira, 17.
Segundo o
advogado da família, Max Dantas, Jaime estava internado desde a última
terça-feira, 14, com um quadro de infecções que evoluiu para uma
pneumonia. O empresário faleceu nesta quinta por volta das 17 horas, no
hospital Monte Klinikum.
O presidente do Sindicato dos Produtores
de Caju do Ceará, Paulo de Tarso Meyer, amigo de Jaime há mais de 30
anos, contou que esteve com ele na última semana e que o empresário já
apresentava sinais de cansaço. Paulo ressalta que mantinha contato
constante com o amigo, uma das pessoas que mais entende de cajueiro no
Estado do Ceará, afirma. Para Paulo, Jaime “efetivamente mereceu ter
tudo o que tem”.
Para o deputado estadual, Carlos Matos (PSDB),
Jaime é um ícone cearense do agronegócio. “Ele soube combinar a
capacidade de produzir e industrializar. Fez isso com maestria enorme
sempre. Usou a tecnologia e paixão para se destacar no negócio. Criou
alternativas para aplicação do caju, mas sem perder a expressão no
segmento”, declarou.
Matos ressaltou ainda a longevidade da Cione.
“Muitas empresas ficaram no meio do caminho. Ele não. Parecia ter um
grande sentido de missão, para além do objetivo de gerar lucro”.
A Cione é a maior exportadora de castanha de caju do Brasil, responsável por sete mil empregos diretos no Ceará.
Em
nota, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) lamentou o
falecimento de Jaime Aquino, ressaltando sua trajetória profissional.
"Empresário diferenciado, tendo figurado entre os maiores do mundo em
seu setor, e líder sindical dos mais ativos por vários anos, atuando com
responsabilidade e compromisso no Sindicato das Indústrias de
Beneficiamento de Castanha de Caju e Amêndoas Vegetais do Estado do
Ceará (Sindicaju) e na FIEC, Jaime Aquino foi um dos agraciados com a
Medalha do Mérito Industrial e deixa um legado de inovação e
empreendedorismo".
SequestroNo dia 13 de
março de 2006, Jaime foi sequestrado no Centro de Fortaleza. O
empresário passou quatro dias em cativeiro, e foi liberado em Pacatuba,
Região Metropolitana, após pagamento de resgate.
Família
Jaime nasceu em 26 de março de 1924, no município de Jaguaribe, era casado e não deixou herdeiros.
Ficou órfão de pai e mãe aos 15 anos, e foi cuidado por Dom José Terceiro de Sousa, vigário da cidade de Pereiro. Trabalhou como caminhoneiro pelo Nordeste do Brasil e iniciou os negócios vendendo sacas de castanha nas confeitarias e fábricas de chocolates.
Jaime nasceu em 26 de março de 1924, no município de Jaguaribe, era casado e não deixou herdeiros.
Ficou órfão de pai e mãe aos 15 anos, e foi cuidado por Dom José Terceiro de Sousa, vigário da cidade de Pereiro. Trabalhou como caminhoneiro pelo Nordeste do Brasil e iniciou os negócios vendendo sacas de castanha nas confeitarias e fábricas de chocolates.
Enterro
No próximo sábado, 18, o corpo será levado para o município de Pereiro, onde foram enterrados os pais de Jaime.