O ORADOR DA LOJA MAÇÔNICA MESTRE CHICO IRMÃO JURACI BEZERRA APRESENTA UM LINDO TRABALHO SOBRE O DIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL PERANTE A SOCIEDADE DE SIMÕES-PI
DIA DA INDEPENDÊNCIA
DO BRASIL
7 DE SETEMBRO
A
história do Brasil Império se confunde com a história da própria Maçonaria,
pois, esta se fez presente desde o tempo do Brasil Colônia. Sua força política
foi sentida quando a Maçonaria assumiu os ideais do liberalismo
anticolonialista, posição avançada que sustentou os movimentos que levaram à
independência do Brasil.
Constitui
fato histórico, que as sociedades maçônicas sempre se organizaram para defender
sua nação e seu povo e no Brasil não poderia ser diferente, consequentemente, a
Ordem Maçônica em muito contribuiu para a efetiva emancipação político-social
do nosso País.
No
limiar do século XVIII, acentuando o desenvolvimento econômico e intelectual da
colônia, alguns grupos pensaram na independência política do Brasil.
Suscitaram, assim, a Inconfidência
Mineira (1789) que marcou a história pela têmpera de seus seguidores;
depois a Conjuração Baiana (1798) e a
Revolução Pernambucana (1817), todas
elas duramente reprimidas pelas autoridades portuguesas. Em todos estes
movimentos a Maçonaria se fez presente através de suas Lojas.
Em
17 de junho de 1822, através das três Lojas existentes no Rio de Janeiro, “Comércio e Artes na Idade do Ouro”, “União
e Tranqüilidade” e “Esperança de Niterói”, é criado o Grande Oriente Brasileiro, quando a campanha pela independência do
Brasil se tornava mais intensa, com jurisdição nacional, exatamente com a
incumbência de efetivar o processo de emancipação política do país.
O
Príncipe D. Pedro I foi iniciado na Ordem Maçônica, em 02 de agosto de 1822, na
Loja “Comércio e Artes”, no Rio de
Janeiro, recebendo o nome de “Guatimozim”.
Na tarde de 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, D. Pedro I atendeu
às recomendações da Maçonaria e o grito, “Independência
ou Morte” segundo Adelino de Figueiredo Lima, era a denominação de uma das
“palestras” da sociedade secreta “Nobre
Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz”, fundada por José Bonifácio.
Nós,
maçons, devemos sempre prestar homenagens aos nossos irmãos responsáveis pelas idéias
e ideais que lançaram os raios da Luz da Verdade e da Liberdade por sobre nossa
Nação, elevando o nosso País à qualidade de soberano perante as demais nações
do globo terrestre.
Desatando
os laços coloniais, D. Pedro I e a Maçonaria deram os primeiros passos, os mais
marcantes da história, rumo a liberdade. Entretanto a luta pela a liberdade
plena continua até os dias hodiernos.
D.
Pedro, como mortal, cumpriu o papel que lhe coube, e findou os seus dias aqui
na Terra. A Maçonaria, eterna como instituição, deve continuar exercendo o seu
papel, a sua missão sagrada de constante vigilância, que é o preço da
independência e da liberdade ainda não totalmente alcançadas...
Assiste
razão Carlos Brasílio Conte, em seus ensinamentos, que nesta data, 7 de setembro,
quando historiadores recordam os nossos feitos heróicos e poetas os cantam em
verso e prosa, é nosso dever refletir sobre a magnitude desta data.
Perguntemo-nos, nesta era de globalização da economia, nesta nova era de
incertezas, quais são, onde se escondem, como agem os novos tiranos que teremos
de enfrentar...
Liberdade
pressupõe segurança, pressupõe direito de escolha, pressupõe oportunidade igual
para todos os iguais.
Nós
já alcançamos tudo isto?
Façamos
uma viagem introspectiva, procurando avaliar se hoje somos independentes, se a
nossa pátria, economicamente, é realmente livre... se os nossos direitos são
assegurados; e falo aqui dos direitos essenciais, dos direitos mínimos
necessários para que a vida decorra com dignidade.
Questionemo-nos,
nesta data, sobre o papel que cabe a nós, maçons e a todos brasileiros, qual a
melhor maneira de executá-lo.
Nós,
maçons, estaremos sempre prontos a servir o nosso Brasil na luta contra toda
forma de desigualdade e injustiça. Seremos guerreiros destemidos e incansáveis
contra nefasta propagação do germe da corrupção no território pátrio, como se
fosse epidemia, contaminando e destruindo os princípios morais e básicos da
civilidade, afetando a todos, inclusive comprometendo as futuras gerações. Se o
Grande Arquiteto do Universo nos permitir, poderemos bradar em alto e bom tom: VIVA A INDEPENDÊNCIA MORAL DO BRASIL.
Sabemos quem somos e para onde vamos!
- Manoel Juraci
Bezerra -
Orador da Loja Mestre
Chico Abílio nº4246
Federada ao Grande
Oriente do Brasil
Fronteiras-PI
Fonte: Maçonaria no Brasil – Heitor Pitombo – Ed.
Escala; O livro do Orador – Oratória Maçônica – Carlos Brasílio Conte - Ed. Madras; Introdução à Maçonaria –
Rizzardo da Camino – Ed. Madras.